Álcool MATA!
Todos
conhecemos os efeitos imediatos do consumo do álcool, logo após uma bebedeira
vem a ressaca, o cansaço, a indisposição e a má aparência.
Se não
houver nenhum acidente, esse mal estar felizmente passa, o grande problema, são
os males que o consumo de álcool de forma regular traz para a saúde da pessoa
que bebe e das pessoas que estão ao seu lado.
A ciência
já identifica algumas doenças que são resultados do consumo freqüente de bebidas alcoólicas, entre elas temos o câncer da mama,
câncer oral, doenças cardíacas, derrames e cirrose hepática, infertilidade, entre
outras. Além disso, o álcool é também responsável por problemas mentais como a perda
de memória, a depressão e o mal de Alzheimer.
Devemos ter muito cuidado, quando
ouvimos falar que o consumo moderado de bebidas alcoólicas pode ajudar a saúde,
pois, os limites de consumo adequado não são fáceis de serem estabelecidos,
muito pelo contrário, uma dose que pode nem fazer efeito para uma pessoa pode
deixar outra inconsciente.
Doenças associadas ao consumo de álcool
O consumo regular de bebidas
alcoólicas, além de desenvolver problemas no sistema digestivo, fígado,
pâncreas e rins, afeta também o coração e os vasos sanguíneos.
O consumo excessivo pode resultar em
pressão alta, cardiomiopatia alcoólica, falência cardíaca e derrames, além de
aumentar a circulação de gorduras no organismo.
Câncer - Um estudo publicado no British Medical Journal no ano
passado concluiu que o consumo de álcool provoca pelo menos 13 mil casos de
câncer por ano na Grã-Bretanha, nove mil em homens e quatro mil em mulheres.
Com apenas 3 drinks por dia, já se
observa uma maior probabilidade de ser desenvolver câncer na cavidade oral e
faringe, esôfago, laringe, seio, fígado, cólon e reto, além da cirrose
hepática, hipertensão e pancreatite crônica.
Baixa Imunidade - Um relatório publicado recentemente na revista científica Bio
Med Central Innunology revelou que o álcool diminui a capacidade do
organismo de combater infecções virais.
Fertilidade - Estudos sobre fertilidade indicam que mesmo o consumo moderado da
substância diminui a probabilidade de uma mulher conceber. Nos homens, o
consumo excessivo diminui a qualidade e quantidade de esperma.
Gravidez - O mais grave é o fato de que o mesmo estudo indica que uma única dose
excessiva de álcool durante a gravidez pode ser suficiente para provocar danos
permanentes sobre o genoma do feto, levando a concepção de crianças com danos
sérios, nascidas com anomalias na cabeça e face e até deficiência mental.
Doenças do fígado - Por ser muito tóxico, quanto maior a
ingestão semanal, maior o dano ao fígado. Consumir bebidas alcoólicas mais de 5
vezes na semana, pode ter um grande impacto na saúde, reduzindo a expectativa
de vida para 40 anos de idade.
O primeiro gole cada vez mais cedo
O consumo de bebidas alcoólicas está
chegando cada vez mais cedo as crianças e jovens. Infelizmente vem se tornando
comum observar crianças consumindo bebidas alcoólicas dentro da escola, nas
festas escolares e nas ruas e parques pelas cidades.
Uma pesquisa realizada pela Unifesp
em 2010, identificou que mais de 30% de jovens entre 14 e 17 anos relataram ter
feito uso de pelo menos 5 doses de alguma bebida alcoólica no último mês.
O primeiro porre que muitas vezes
representa um maior “status” frente ao grupo, pode ser o inicio de uma vida de
vício e dependência do álcool, além de ser a porta de entrada para outras
drogas e o mundo do crime.
Outro aspecto importante é a falsa
percepção dos jovens em relação a cerveja. Pesquisa com jovens revela que eles
acreditam que a cerveja é uma bebida "mais fraca" que as demais
bebidas alcoólicas, fato que pode distorcer a relação entre o jovem e a bebida.
Álcool e as mortes no trânsito
Infelizmente já se tornou comum nas
manchetes dos telejornais retratar acidentes violentos de automóveis com a
morte de adolescentes e jovens.
A busca pela emoção e a necessidade
de superar limites associados a sensação de confiança que o álcool pode
oferecer, tornam o jovem mais agressivo ao volante e com pouco controle da
situação, levando-o a uma maior probabilidade de acidentes graves.
No Brasil, 57% dos acidentes fatais
com jovens entre 21 e 29 anos estão relacionados ao consumo de bebidas
alcoólicas.
"Esquentas"
Uma prática cada vez mais comum entre
os jovens é o consumo abusivo de bebidas alcoólicas antes de uma festa ou show
musical.
Além de distorcer a sensibilidade do
jovem durante a festa, em estado de embriaguez o jovem está mais propenso a
utilizar outras drogas e se envolver em brigas ou outros gestos violentos.
O grande problema, além da quantidade
de álcool ingerido, é muitas vezes, a qualidade dessa bebida. Misturas com
elevadas concentrações de álcool estão cada vez mais acessíveis a aos
adolescentes e jovens.
Mídia
Existe uma grande relação da mídia
com o consumo de bebidas alcoólicas. Comerciais repletos de pessoas bonitas e
saudáveis, em momentos agradáveis, festas, praias e baladas que despertam no
jovem, o interesse em vivenciar aquela imagem de sucesso agregada à bebida.
O que muitas vezes a propaganda não
mostra são os resultados do consumo do álcool na vida das pessoas normais, a
destruição de famílias, os acidentes de trânsito, a violência contra familiar e
as doenças crônico degenerativas.
Um problema de saúde pública
O consumo de álcool nos países da
Europa já vem sendo considerado como grande mal da sociedade, superando as
drogas mais pesadas como o tabaco, crack e a heroína no número de internações e
mortes.
Isso acontece pelo fato do consumo de
álcool ser permitido pela lei e considerado como “normal” pela sociedade.
A presença do Álcool em nossas vidas
A maior dificuldade de enfrentar a
dependência do álcool consiste no fato dele ser aceito pela sociedade.
É legal brindar com uma bebida
alcoólica um momento especial, gostamos de convidar as pessoas para tomar um
bebida em nossas casas, em festas e comemorações, logo chega uma garrafa pra
completar a alegria.
A ilusão de ter o álcool nos momentos
bons mascara a triste realidade das pessoas que são dependentes do consumo de
bebidas alcoólicas. Pior ainda, é o sofrimento das pessoas que convivem com os
dependentes, agüentando as crises de abstinência e os estados de embriaguez
total, onde a pessoa não tem controle algum sobre seus atos.
O exemplo dentro de casa
Por força desta cultura de ser aceito
socialmente, muitos jovens começam a beber por observar os pais bebendo, ou
até, por influência dos próprios pais que oferecem bebida aos filhos como se
fosse natural.
Molhar a chupeta do bebê na cerveja
ou fazer a criança beber a "espuminha" já pode contribuir para que no
futuro, o jovem associe a sensação de prazer ao consumo de bebidas alcoólicas.
Beber socialmente
Além disso, existe o grande mito do
"controle" sobre o consumo do álcool. É bem visto socialmente aquele
que consegue "beber socialmente".
De fato, durante um longo tempo é
possível controlar o consumo da bebida, porém, silenciosamente a relação se
inverte, e quando menos se percebe, a pessoa está dependente do consumo
"moderado" da bebida.
Como saber se eu sou ou não dependente do álcool?
De acordo com os Alcoólicos Anônimos, a presença de quatro ou mais respostas afirmativas indica grande probabilidade de a pessoa ser dependente do álcool.
• Já tentou parar de beber por uma semana (ou mais) sem conseguir seu objetivo?
• Ressente-se dos conselhos daqueles que tentam fazê-lo parar de beber?
• Já tentou controlar sua tendência a beber demais trocando uma bebida por outra?
• Tomou algum trago pela manhã nos últimos tempos?
• Inveja aqueles que bebem sem criar transtornos?
• Seu problema com a bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses?
• A bebida já causou incidentes em casa?
• Nas reuniões sociais em que as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras?
• Você afirma que bebe quando quer e pára quando quer, apesar das provas em contrário?
• Faltou ao serviço nos últimos doze meses por causa da bebida?
• Já teve "apagamentos" depois de uma bebedeira?
• Já pensou que poderia aproveitar melhor a vida se não bebesse?
• Ressente-se dos conselhos daqueles que tentam fazê-lo parar de beber?
• Já tentou controlar sua tendência a beber demais trocando uma bebida por outra?
• Tomou algum trago pela manhã nos últimos tempos?
• Inveja aqueles que bebem sem criar transtornos?
• Seu problema com a bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses?
• A bebida já causou incidentes em casa?
• Nas reuniões sociais em que as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras?
• Você afirma que bebe quando quer e pára quando quer, apesar das provas em contrário?
• Faltou ao serviço nos últimos doze meses por causa da bebida?
• Já teve "apagamentos" depois de uma bebedeira?
• Já pensou que poderia aproveitar melhor a vida se não bebesse?
Onde encontrar ajuda?
Se você realmente está disposto a mudar de vida e tem consciência dos males que o consumo de bebidas alcoólicas estão causando na sua vida, procure um grupo dos Alcoólicos Anônimos próximo da sua casa, com certeza você será confortado da suas angústias e necessidades.
Em São Paulo você pode obter maiores informações ligando para (11) 3315-9333, funciona 24 horas, ou obter maiores informações no site do AA : http://www.alcoolicosanonimos.org.br/
Procure ajuda, ou ajude quem precisa!
Saiba Mais: BBC, CISA, Drauzio Varela, Alcoolismo, Clique Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário